Por vereador prof. Denílson
Neste 10 de fevereiro, o Partido dos Trabalhadores comemora seu 31º aniversário de fundação. Resultado da luta dos trabalhadores das cidades e do campo por melhores condições de trabalho, de vida e buscando a liberdade de expressão e de organização, funda-se o PT.
O ato realizado no Colégio Sião, em São Paulo, lá em 1980, reuniu um grupo de sindicalistas, intelectuais e religiosos ligados às Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Católica para a criação do Partido. Encontraram acolhida do PT militantes de esquerda adversários da ditadura militar, amplos setores da intelectualidade de esquerda e progressista, profissionais liberais, defensores dos Direitos Humanos, vastos segmentos da juventude – sobretudo dos estudantes – além de integrantes de novos movimentos sociais que organizavam mulheres, ambientalistas, negros, homossexuais e tantos outros grupos discriminados na sociedade brasileira.
Durante os anos 1980, o Partido e suas lideranças são fundamentais no processo de redemocratização do País e também na luta nacional pelas “Diretas Já”.
A partir do Congresso Constituinte, começa uma série de avanços que consolidaram o Partido, elegendo os primeiros vereadores e prefeitos petistas de importantes cidades brasileiras. As experiências parlamentares e executivas de norte a sul do Brasil acabam por, aos poucos, criar ambiente para a consolidação do PT enquanto alternativa de poder.
Se as derrotas políticas e eleitorais acumuladas nos pleitos presidenciais em 89, 94 e 98 frustraram a esquerda brasileira e o próprio PT, foram fundamentais para que o partido ganhasse paulatinamente credibilidade, ajustasse seu discurso e a densidade social necessária para a incontestável vitória em 2002. Amadurecia o Partido e a sociedade brasileira que conduziu Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência do Brasil de forma livre e através do voto, sem sobressaltos, sem qualquer regime de exceção ou que suprimisse a liberdade de qualquer brasileiro. Quando finalmente chega ao governo do Brasil, o PT está mais comprometido a manter o debate plural, reafirmando a democracia como valor universal.
Os mandatos de Lula, olhados dos dias atuais, reforçam o compromisso do PT com suas bandeiras históricas: política de desenvolvimento fundada no trabalho, priorizando efetivamente o social. A crise vivida internacionalmente em 2008 reafirmou a correção da política interna do presidente Lula e seu governo em fortalecer o trabalho, consolidar importantes obras de infraestrutura, valorizar a produção e o mercado interno de consumo popular. Significou, simultaneamente, a mais efetiva política social que alavancou o fortalecimento do ensino público, da qualificação profissional, das políticas de habitação popular, entre outras. Lula triunfou com a vitória do social deixando a Presidência com uma aprovação recorde de 87% e elegendo sua sucessora, Dilma Rousseff.
O Partido dos Trabalhadores tornou-se um grande Partido, com credibilidade popular e capacidade para governar o Brasil bem e para todos. E vive um momento ímpar, espacialmente para os gaúchos. Além da Presidência da República, conduzida por Dilma, possui a maior bancada na Câmara dos Deputados, atualmente presidida pelo também petista deputado Marco Maia (PT/RS). No Estado – também de maneira inédita, já que é a primeira vez que uma eleição ao governo estadual decide-se em 1° turno – quem governa é Tarso Genro, que desfruta da maior bancada na Assembléia Legislativa. Durante o ano de 2011, o Parlamento gaúcho também é comandado por um petista, o deputado estadual Adão Villaverde. Em outro parlamento, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre, a presidência é igualmente ocupada por um petista, a vereadora Sofia Cavedon – o que se repete, de forma inédita, em Osório.
Esse novo e importante período histórico que vivemos exige do Partido e de todas as forças socialistas, democráticas e progressistas uma elaboração estratégica mais audaz, profunda e rigorosa.
Trata-se de aprofundar as estratégias e ideologias construídas nos anos 80, readequando-a ao período histórico que vivenciamos. Precisamos igualmente compreender que, com as posses de Dilma e Tarso, a disputa pela hegemonia ocorre noutra esfera. Porém, capaz de desafiar o PT e as forças democrático-populares para a possibilidade de iniciar um acelerado e radical processo de reformas econômicas e políticas e intensificar as reformas sociais, no país e no estado.
Osório não é insular e, portanto, faz parte deste contexto, tendo uma oportunidade ímpar de desenvolvimento em todos os aspectos. A população de Osório pode ter certeza de que trabalhamos como nunca para isso.
(Vereador prof. Denílson - Presidente da Câmara de Vereadores de Osório)
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