- Resolução da Democracia Socialista– Tendência Interna do PT -
1. A DS, tendência interna do PT, é uma força socialmente enraizada, politicamente definida:petista, socialista e cutista. Desta forma se organiza para a disputa políticae realiza sua ação sindical na CSD, corrente sindical interna à CUT.
2. A criação da CSD foi uma decisão do Ativo Sindical da Democracia Socialista,realizado em 2001, de extinguir-se enquanto setorial, criando uma correntesindical interna à CUT, para disputar seus rumos.
3.Baseada nessa compreensão, a Democracia Socialista do Rio Grande do Sulapresenta aos militantes petistas e cutistas e, em especial às trabalhadoras daeducação, a sua avaliação sobre o posicionamento da direção central doCPERS-Sindicato no período recente.
4. O tratamento e a caracterização do governo Tarso,qualificado pela direção do CPERS como um governo de traição aos trabalhadorese submisso ao Banco Mundial, o ataque ao plano de sustentabilidade e, maisrecentemente o combate às propostas apresentadas para qualificar a educaçãopública do Estado dizem respeito a divergências de natureza estratégica.
5. Na nossa opinião, ao contráriodo que pensa a direção central do CPERS, o governo Tarso vem afirmando nesseprimeiro ano seus compromissos com os(as) trabalhadores(as) em educação, comações como a liberação dos membros da Direção, o abono das faltas das grevesanteriores, a extinção do SAERS, a implantação do Sistema Estadual Articuladode Avaliação Participativa, além da realização de conferência para debater, deforma democrática, a reestruturação do ensino médio
5. O CPERS-Sindicato é hojedirigido por uma aliança de forças hegemonizada por um discurso esquerdista epor práticas políticas de direita, expressas no ataque aos governosdemocrático-populares. Isto nos leva a um dissenso quanto a caracterização doperíodo político que vivemos no Brasil, sobre os governos democráticos epopulares liderados pela presidenta Dilma e pelo governador Tarso Genro.
6. No debate em curso, osreiterados apelos que há que se respeitar a autonomia dos movimentos sociaisfrente a governos e partidos não é outra coisa que uma cortina de fumaçalançada com o propósito de ocultar a natureza estratégica do debate ejustificar a capitulação ao esquerdismo.
7. Para a Democracia Socialistae a CSD, autonomia dos movimentos sociais nunca foi sinônimo de alienação eestranhamento ao projeto político de transformações que implementamos no Brasilcom os governos Lula e Dilma e, no Rio Grande com o companheiro Tarso Genro.
8. Dai que, a DS e a CSD nuncatenham acorrentado o movimento sindical aos limites da luta salarial. Esta deveestar inserida numa luta maior, de um projeto político. Da mesma forma, nãosomos contra a “política de governo”. Somos contra, isso sim, osgovernos neoliberais e suas políticas.
9. A recente deliberação de greve não foi atendida pela grande maioria dostrabalhadores em educação do RS, que consideraram o movimento inoportuno. Achamada “greve de vanguarda” deu curso a uma política equivocada,de isolamento da direção em relação ao conjunto da categoria. Talposicionamento recoloca no cenário de luta sindical a idéia de que as derrotassão mobilizadoras da categoria.
10. Tal postura ficou demarcadapela negação da vitória do movimento por ocasião da apresentação da pauta domagistério em sua data base, onde o governo acolheu a grande maioria dasreivindicações apresentadas. Também faz parte desta posição, a decisão deencerrar o diálogo com um governo que desde o início recebe a direção dosindicato e, de antemão, já anuncia disposição de negociar os dias parados dosgrevistas.
11. A prática sindical impulsionada pela Presidentee pelo conjunto da Direção Central da Entidade não expressa a tradição da DS eda CSD que atua sempre na perspectiva de avançar a revolução democrática. E comcerteza não traduz o que se espera de quem se apresenta como quadro político denossa corrente.
12.Assim sendo, as adjetivações utilizadas contra o Governador imprimindo-lhe umapecha neoliberal, desabonadora e desleal, somadas a ações como o envio de umacoroa de flores ao Secretário da Educação, a acolhida ao pedido de expulsão dostrabalhadores em educação que integram o Governo do Estado e a queima dascartilhas da Secretaria de Educação na abertura da conferência estadual dedebate do ensino médio, indicam um gesto de ruptura com a DS e a estratégiasindical da CSD e, portanto, não expressam a opinião de nossa correntepolítica. Trata-se, antes sim, de prática de quem recusa o diálogo e troca oargumento e o debate pela violência simbólica.
13.Convocamos os (as) trabalhadores (as) em educação e os militantes sindicaiscomprometidos com as resoluções da X Conferência Nacional da DS e, notadamenteda estratégia da revolução democrática e com a resolução sobre a ação sindicalda militância da Tendência, a reorganizar a CSD nos padrões que sempre pautaramnossa ação junto à CUT e ao PT.
14.Nesse sentido, convocamos uma Plenária Sindical da Democracia Socialista arealizar-se no dia 17 de dezembro, às 9h, em Porto Alegre, no Sindicato dos Bancários de PortoAlegre.
Porto Alegre, 9 de dezembro de 2011
Democracia Socialista do Rio Grande do Sul
Tendência Interna do PT
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