São Paulo, domingo, 10 de fevereiro de 1980: em ato organizado por sindicalistas, intelectuais e religiosos ligados às Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Católica, nasce o Partido dos Trabalhadores.
Partido que, desde sua fundação, agregou e estimulou a participação ativa de militantes de esquerda que haviam combatido a ditadura, amplos setores da intelectualidade de esquerda e progressista, de profissionais liberais, de defensores dos Direitos Humanos, de inúmeras comunidades religiosas de base, vastos segmentos da juventude, sobretudo de estudantes, além de integrantes de novos movimentos sociais que organizam mulheres, ambientalistas, negros, homossexuais e tantos outros grupos discriminados na sociedade brasileira.
Naquele ato de fundação do PT, ninguém imaginava que, dali a 32 anos, a base militante e social do Partido tivessem a dimensão que possui hoje. E que, além de milhares de vereadores e prefeitos, centenas de deputados, dezenas de governadores e senadores, também a capacidade de eleger o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, presidente, reelegê-lo quatro anos mais tarde e levar à mesma condição a primeira mulher presidenta da nação brasileira.
O presidente de honra do Partido dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, sintetiza com precisão o propósito do Partido na sociedade brasileira: “Nosso partido deve pautar-se pela transformação da sociedade e não pela acomodação”.
A vitória de Lula em 2002/2006 fez com que o Brasil sofresse uma série de transformações desejadas pelo PT e pela esquerda de nosso país. O desenvolvimento social promovido no período foi possível pelas políticas públicas implementadas e deram mais solidez para que o desenvolvimento econômico interno fosse capaz de afastar do País a crise econômica mundial de 2008 e o colapso europeu na atualidade.
O governo do Partido dos Trabalhadores teve acertos no campo social e no campo econômico para o País. Combate à pobreza, distribuição de renda, fortalecimento do ensino público e da qualificação profissional, das políticas de habitação popular são realidade. Assim como a presença do Estado promotor e financiador de programas de infraestrutura e logística, manutenção de bancos públicos de fomento, financiamento da indústria, do comércio, da agricultura extensiva e familiar e, sobretudo, a manutenção da Petrobras como estatal. Esse conjunto de conquistas elevou o Brasil à categoria de sexta economia mundial e despertou as grandes potências a entender o que se passa por aqui, além de torná-lo referência para os partidos de esquerda de todo o mundo.
A vitória de Dilma em 2010 reforça a base popular, o reconhecimento das mudanças iniciadas no Governo Lula e a confiança da população brasileira na necessidade de continuidade e aprofundamento das mudanças iniciadas.
Nossos compromissos são com a boa política, com a transformação social, com o desenvolvimento econômico com todo o empresariado – pequeno, médio ou grande -, com a democracia e efetiva participação popular. Também com o controle social do cidadão e a transparência na gestão pública, com a qualificação dos servidores e dos serviços públicos capazes de fazer o Estado olhar e atender o cidadão, buscando sempre a justiça social e inclusão. São nossas prioridades a qualificação da saúde, da educação, da cultura, com a importância para a segurança alimentar, o equilíbrio e respeito ambiental no desenvolvimento da agricultura familiar, a promoção de arranjos produtivos locais e regionais capazes de promover o desenvolvimento. Todas essas são bandeiras históricas que se renovam após 32 anos em busca da justiça social e democracia a mais osorienses, gaúchos e brasileiros.
Olhando nossa história percebemos que uma parcela de nossas utopias, pelo trabalho coletivo de muitos homens e mulheres, trabalhadores e trabalhadoras, se concretizaram. A outra parcela permanece nos orientando a continuar a caminhada na certeza que muito temos a fazer.
Vereador Professor Denílson
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