Brasil comemora
redução da pobreza extrema
27/12/2012 08:00 - Portal Brasil
Estudo do Ipea indica que o Brasil Carinhoso acelera a redução da
pobreza do País
O número de pessoas em situação de
pobreza extrema, ou seja, com renda de até R$ 70 por mês, poderia representar
menos de 1% da população brasileira, se o Programa Brasil Carinhoso tivesse
sido implementado no ano passado. O cálculo é resultado de uma simulação
divulgada nessa quarta-feira (26), em Brasília (DF), pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Atualmente, as famílias vivendo em
situação de pobreza extrema representam 3,4% dos mais de 190 milhões de
brasileiros. Pelas contas do Ipea, sem os benefícios de complemento de renda
pagos pelo Programa Bolsa Família, essa taxa seria superior a 5%.
O pesquisador do Ipea, Rafael Guerreiro
Osório, explicou que o possível “salto de efetividade” do programa - que
objetiva a erradicação da pobreza extrema - é explicado pelas mudanças no
cálculo do benefício. Mesmo recebendo recursos do Bolsa Família, muitas
famílias não tinham renda própria ou os rendimentos eram tão baixos que, apesar
da transferência do valor, seus integrantes não conseguiam chegar aos R$ 70
mensais.
“A introdução do Programa Brasil
Carinhoso em 2012 alterou o desenho de benefícios e considera famílias que não
chegariam à linha mínima de renda e calcula quanto falta”, disse.
·
Como o foco do Brasil Carinhoso está
voltado para as famílias que não conseguiriam elevar suas rendas mesmo com as
transferências calculadas pela composição familiar, o valor dos benefícios
passou a considerar a diferença entre a renda com os repasses tradicionais do
programa e a faixa mínima definida como de extrema pobreza (R$ 70 per capita,
mensais).
O pesquisador destacou que as contas
que apontam uma redução da taxa da extrema pobreza no país são resultados de
simulações. “Não é uma previsão de futuro. Não podemos afirmar que a taxa será
de menos de 1%, mas, com certeza, podemos afirmar que a redução de pobreza,
pela mudança do desenho de benefícios, será bem maior do que a que seria obtida
com os desenhos anteriores”.
Desde a criação do Bolsa Família, as
regras de concessão de benefícios e o.s reajuste de valores já foram alteradas
várias vezes. As mudanças mais significativas, segundo analistas sociais, foram
a extensão dos cálculos para jovens de 16 e 17 anos, em 2007, e a ampliação do
número de crianças consideradas para o cálculo do repasse, que passou de três
para cinco em 2011
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